Lançado em 1980, o Fiat Panorama foi um marco na história da montadora italiana no Brasil. Derivado do Fiat 147, o modelo representou a estreia da Fiat no segmento de peruas compactas e trouxe inovações importantes para o mercado automotivo nacional.
O lançamento aconteceu junto com a primeira grande reestilização do 147, a chamada "linha Europa", que atualizava o design e melhorava o aproveitamento interno do veículo. O Panorama se destacava pelo espaço generoso, praticidade e visual moderno, tornando-se uma opção interessante tanto para famílias quanto para pequenos empresários.
Com carroceria 18 cm mais longa que a do 147 e teto elevado a partir da metade do veículo, o Panorama oferecia excelente espaço interno. A ampla área envidraçada, que inspirou o nome do modelo, reforçava a sensação de conforto e luminosidade na cabine.
Outro destaque era o porta-malas: com o estepe posicionado na dianteira, ao lado do motor, o compartimento traseiro oferecia 730 litros de capacidade, que podiam chegar a impressionantes 1.440 litros com o rebatimento do banco traseiro.
A Fiat também aproveitou o lançamento para introduzir melhorias mecânicas. O Panorama vinha com suspensão traseira mais macia e um novo sistema de lubrificação do câmbio, que resultava em trocas mais suaves. Para compensar o aumento de peso — cerca de 25 kg a mais —, o modelo foi equipado com motor 1.3, oferecendo até 62 cv de potência e torque de até 11,5 kgfm na versão a etanol.
Em 1983, o modelo passou por atualizações visuais com a chegada da linha Spazio, adotando para-choques envolventes de plástico, novas molduras laterais e painel redesenhado. Também ganhou câmbio de cinco marchas e passou a ser oferecido nas versões C e CL.
A produção do Fiat Panorama foi encerrada em 1986, com a chegada da Elba, perua baseada no Uno. Mesmo com vida curta, o Panorama abriu caminho para que a Fiat se consolidasse no segmento de peruas, com sucessores marcantes como a Palio Weekend, Tempra SW e Marea Weekend.